quinta-feira, 2 de outubro de 2014

9. É suficiente fazer a intenção no início do dia?

    Isso apenas basta para dar valor sobrenatural às acções do dia, mas não para atingir a plenitude de vida sobrenatural ou divina que Jesus nos mereceu e quer em nós (14). Por outras palavras e para melhor desenvolver este conceito:



      1. A intenção feita de manhã pode facilmente ser comprometida durante o dia por outras intenções menos perfeitas. A repetição frequente de actos de amor perfeito protege-nos deste perigo.

      2. O amor actual é mais perfeito do que o simplesmente habitual e, portanto, valoriza mais a nossa vida espiritual.
      3. Realizando frequentes actos de amor perfeito, alimentamos e aperfeiçoamos da melhor maneira a nossa vida interior - isto é, a verdadeira vida da alma -, evitando a distração espiritual que rouba um tempo preciosíssimo para a eternidade.
      4. Amar a  Deus com um amor actual, na medida em que cada um pode, faz parte - como que o próprio Deus quer ser amado por nós e que está expressa no primeiro mandamento (15).
      5. Realizar frequentes actos de amor ajuda a corresponder ao outro preceito divino que indica a "obrigação de orar sempre, sem desfalecer" (Lc 18, 1), repetido por São Paulo: "Orai sem cessar" (1 Ts 5, 17). O acto de amor é não só a oração mais exelente, mas também - por ser breve, fácil e apenas interior - facilita admiravelmente o cumprimento deste mandamento, sem cansar excessivamente o espírito com a multiplicidade ou a complexidade das fórmulas.


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      .   14. Cf.  Jo 10, 10: "Eu vim para que tenham a vida e a tenham em abundância.

          15. São Tomás ensina que a caridade é perfeita "quando se ama o mais que se pode". O preceito do amor não tem limites; 
                manda- nos crescer cada vez mais no amor. Deus - que é o Bem Infinito - merece ser amado sem medida.

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