segunda-feira, 6 de outubro de 2014

15. A unicidade da fórmula não gera monotonia?

     Cada alma é livre de seguir as suas inclinações do seu espírito para avançar na perfeição do amor. No entanto, parece-nos:

       1. Que é menos cansativo para o espírito servir-se de uma única fórmula do que de muitas diferentes.
       2. Que é também mais vantajoso para a alma, por mais facilmente ganhar ganhar habito do acto de amor.
       3. Em todo o caso, a monotonia nada tira à perfeição do amor nem ao valor do acto de amor; torna-o mais meritório pelo maior esforço que, neste caso, requer. Aliás, a repetição da mesma oração na reza do Terço também pode gerar, em determinadas condições de espírito, um pouco de monotonia, mas não é por isso que o Santo Rosário é menos recomendado.


16. Que dizer da fórmula em relação ao exercício do incessante acto de amor?

     1. A fórmula serve simplesmente para concentrar a mente, à vontade e o coração no perfeito amor e no objecto do mesmo Jesus, Maria e as alma. O fim é a vida de amor, a intimidade de amor com jesus; o meio é o acto incessante de amor; a fórmula é a ajuda de que a alma se serve para utilizar este meio e o atingir ao fim.
      2. Tratando-se um ato de amor e não de uma jaculatória, não é necessário pronunciar a fórmula com os lábios. O acto de amor é um acto interior: da vontade que quer amar, da mente que pensa em amar e do coração que ama.
      3. Portanto, deve-se ter cuidado para não se transformar o exercício do incessante acto de amor na repetição mecânica de uma fórmula. O incessante acto de amor, embora fixado em fórmula, deverá ser  uma contínua, silenciosa e ardente efusão de amor e de caridade.
      4. Em certos momentos, especialmente quando o espírito é avassalado pela luta ou oprimido pela aridez, pelo tédio, etc., poderá ser útil pronunciar com os lábios a fórmula do acto de amor.


17. Que relação existe entre a fórmula do incessante acto de amor e as jaculatórias que obtêm indulgencias?


     1. A fórmula "Jesus, Maria, amo-vos, salvai almas" também tem uma indulgência reconhecida pela Igreja (16) . Neste caso , porém, ela torna-se jaculatória e deve ser pronunciado com os lábios.
       2. Pelo contrário, de per si, acto interno de amor perfeito não pode ficar sujeito a esse reconhecimento oficial, por ser - já de si  - a indulgência das indulgências, como jesus explicava à Irmã Consolata e como vimos, seguindo o ensino da Igreja sobre o valor do acto de amor perfeito.

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16. Com 300 dias de indulgências, concedida pelo cardeal M. Fossati,  Arcebispo de Turim.

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